2008-12-05

Anónimo

Anónimo, é provocação,
De quem não tem coragem,
De abrir o seu coração,
Dando de si, que imagem?

Não estamos no outro tempo,
Que escritas eram censuradas,
As palavras fogem ao vento,
Sem virem, agora assinadas.

Que tempo é este afinal,
Que a censura se esconde,
Podendo assim dizer mal,
Sem se saber, vinda de onde?

Deixa assim a pairar no ar,
Em todos, a desconfiança,
Podendo assim sempre acusar,
Alguém por pura vingança.

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