Corre o tempo velozmente
Como a água da corrente
Nós também da mesma sorte
Correndo vamos à morte
( Quadra que se encontra em http://gadanha.blogs.sapo.pt/ )
I
De Estremoz não sou natural,
Mal nasci p`ra cá vim morar,
Com meus vizinhos era brincar,
Nisso não havia nenhum mal,
Foi uma época sem igual,
Por cá encontrei boa gente,
Uns já partiram infelizmente,
Os recordo com muita saudade,
O relógio não para por maldade
Corre o tempo velozmente.
II
Abalei ainda em tenra idade.
E assim a primária fui fazer,
Noutra terra, para aprender,
Noutras terras, Vila e Cidade,
Aos estudos dei continuidade.
A tropa eu fiz todo contente,
E amigos para todo o sempre.
Tenho caminho percorrido,
Minha vida tem decorrido,
Como a água da corrente
III
Há dezanove anos cá regressei,
À Rua do Almeida vim parar,
Por cá ando sempre a trabalhar,
Meus filhos por cá eduquei,
Foi por isso que sempre lutei.
Há que nunca perder o norte,
Tentar sempre, ser nobre e forte,
O futuro temos nós que traçar,
Mas a Deus nos vamos entregar,
Nós também da mesma sorte.
IV
Estremoz cidade tem percorrido,
Um longo caminho ao desvario,
Tem sujo e velho o seu casario.
Nossos autarcas, não têm sabido
Gerir bem o Património recebido.
Estremoz está a perder o Porte,
De Terra Branca, que pouca sorte!
Assim à sua parte mais antiga
Há já por aí quem nos diga
Correndo vamos à morte.
( Miraldino de Sousa) 7-7-2007
2007-07-07
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3 comentários:
Muito obrigado pelos cometários neste blog
http://estremoznet.blogs.sapo.pt/
continuação de bom trabalho
Obrigado pela referência, no entanto deixe-me acrescentar que os versos se encontram escritos nas quatro faces do plinto da base da estátua de Saturno (Gadanha) no meio do Lago do Gadanha (Estremoz).
Bem vindo...
Obrigado, não sabia.
Miraldino de Sousa
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